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Novo acordo com Benfica: Corinthians ‘ganha’ R$ 12 milhões e poder de investimento para trazer Otero

Amarildo Mota

Públicado

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O novo acordo entre Corinthians e Benfica, assinado nesta quarta-feira, reduziu o valor da venda de Pedrinho em 2 milhões de euros (cerca de R$ 13 milhões na cotação atual). Ficou definido que os portugueses vão pagar 18 milhões de euros, e não mais os 20 milhões da moeda europeia como havia sido acertado em março. Além disso, a primeira de cinco parcelas só será depositada em agosto de 2021.

A redução pode até levar a uma interpretação de que o clube paulista perdeu dinheiro nesta negociação, mas não é bem assim. Pelo contrário.

No ato da assinatura do primeiro contrato, os 20 milhões de euros representavam aproximadamente R$ 105 milhões. Agora, apesar da queda no valor da venda, o Corinthians terá direito a cerca de R$ 117 milhões devido a oscilação do câmbio.

Todo esse imbróglio se deu pela decisão corintiana em devolver Yony González ao Benfica após o término do vínculo de empréstimo.

Apesar da cúpula do time de Lisboa ter se revoltado e forçado este novo acordo sobre Pedrinho como uma espécie de ato vingativo, para os cofres corintianos a situação ficou favorável. Isso porque o Timão teria de arcar com 3 milhões de euros para comprar o atacante colombiano em julho.

Ou seja, se tudo tivesse acontecido sem surpresas, o saldo do Corinthians com as duas situações somadas representaria um ganho de aproximadamente R$ 102 milhões, o que significa R$ 12 milhões a menos do que o clube vai receber com o fim das negociações.

Outro ponto a ser levado em consideração é o poder de investimento que a diretoria conseguiu sem a despesa que teria com Yony González, jogador que foi emprestado novamente pelo Benfica, desta vez ao LA Galaxy, dos Estados Unidos.

A Gazeta Esportiva apurou que o custo anual com o colombiano seria de aproximadamente R$ 4,5 milhões, entre salário, 13º, férias e impostos.

Essa quantia não representou uma economia, e sim a oportunidade de um novo investimento. Provavelmente, o clube não teria condições de contratar Otero, por exemplo, se Yony ainda estivesse no elenco de Tiago Nunes.

O venezuelano que estava no Atlético-MG vai gerar ao Corinthians um custo de cerca de R$ 1 milhão a mais do que o Timão teria com Yony no período de um ano.

Como o Corinthians tem compromissos a curto prazo para sanar e estes pagamentos serão feitos na moeda brasileira, a cúpula alvinegra não teve dúvida em aceitar a condição imposta pelo Benfica.

Uma eventual recusa corintiana levaria os portugueses a retardar ainda mais o registro de Pedrinho no TMS, sigla em inglês para o sistema internacional de transferências gerido pela Fifa.

O registro no TMS é crucial para o Corinthians conseguir antecipar todo o valor da venda de Pedrinho junto a uma instituição financeira.

 

Fonte: Gazeta Esportiva

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