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Distrito Federal

O Coronel da Polícia Militar do Distrito Federal(PMDF), Jorge Eduardo Naime, depõe na CPI do 08 de Janeiro de 2023.

Amarildo Mota

Públicado

em

Foto/Jefferson Rudy/Agência Senado

 

O coronel da Polícia Militar do Distrito Federal(PMDF), Jorge Eduardo Naime , depôs nessa segunda-feira (26) na CPI dos Atos Golpistas.

 

No depoimento o Coronel afirmou que o secretário de segurança em exercício no dia da depredação da Esplanada, Fernando de Souza Oliveira, “ou foi enganado ou dolosamente enganou o governador [do DF, Ibaneis Rocha]”.

 

A depredação aconteceu no dia 08 de Janeiro de 2023, durante uma manifestação pró-Bolsonaro que acabou em confronto com a polícia. Na ocasião, o Palácio do Itamaraty, o Ministério da Agricultura, o Palácio do Planalto, O Supremo Tribunal Federal(STF)  e os prédios do Gongresso Nacional   tiveram vidraças quebradas e foram alvos de incêndios.

 

Jorge Naime, que estava no comando da operação, afirmou que a Polícia Militar havia planejado a segurança do evento com antecedência, mas foi surpreendido pelo baixo contingente de policiais e pelas ações do grupo de manifestantes. Ele ainda criticou a gestão de Fernando de Souza Oliveira, que estava interinamente no cargo de secretário de segurança do DF, após a viagem em férias  do titular, Anderson Torres, aos Estados Unidos.

 

“Na verdade, na preparação do evento, nos organizamos de acordo com as possibilidades previstas com o efetivo que nós dispúnhamos. O que nos surpreendeu foi exatamente o baixo efetivo e algumas posições adotadas pela Secretaria de Segurança naquele momento”, afirmou o coronel.

 

Segundo Barreto, a Secretaria de Segurança não forneceu o número de policiais necessário para manter a segurança do evento. Além disso, ele afirmou que a Polícia Militar enfrentou dificuldades para combater os manifestantes porque a Secretaria de Segurança não teria dado autorização para que a equipe de choque agisse.

 

“Foi improvável para nós fazermos as intervenções necessárias sem que tivéssemos autorização. Nós solicitamos essa autorização e ela não nos foi concedida”, disse o coronel que ao longo do depoimento, negou várias vezes ter havido omissão da Polícia Militar do Distrito Federal, “nada foi normal” disse o Coronel, em referência ao 08 de Janeiro em Brasília.

 

As declarações de Naime Barreto reforçam as críticas que a Secretaria de Segurança do DF recebeu após as depredacões em Janeiro de 2023.

 

A CPI dos Atos Golpistas foi criada para investigar as manifestações antidemocráticas que aconteceram no Brasil em 2023 e que pediam o fechamento do Congresso e do Supremo Tribunal Federal.

 

A comissão também investiga a participação de agentes públicos nessas manifestações. A próxima sessão está marcada para esta terça-feira (27) e contará com o depoimento do Coronel da Polícia Militar do Distrito Federal(PMDF), Jean Lawand Junior, que poderá permanecer em silêncio.

 

Da Redação.

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