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Distrito Federal

Mais de 70 pessoas com deficiência trabalham na limpeza urbana do DF

Amarildo Mota

Públicado

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Dia 21 de setembro é celebrado o Dia Nacional da Luta da Pessoa com Deficiência. A data chama a atenção sobre a importância da inclusão e do respeito aos direitos fundamentais desses cidadãos. Há décadas, o Serviço de Limpeza Urbana (SLU) abre oportunidade de trabalho para as pessoas com algumas limitações, sejam elas físicas, sejam mentais. Hoje, a autarquia conta com 73 colaboradores terceirizados pelo Instituto Lucimar Malaquias atuando em diversas áreas.

Gabriel Chaib tem autismo e trabalha há 15 anos no SLU. A convivência com os colegas que também enfrentam os mesmos desafios o fez ter mais empatia e mais aprendizados. “Aprendi muito sobre as pessoas com deficiência aqui com meus colegas. Também aprendi a aceitar a minha deficiência, eu não queria aceitar. Aprendi sobre respeito, disciplina, determinação… Isso me fortaleceu e agora me sinto muito orgulhoso, abriu minha mente”, afirma.

Gabriel Chaib trabalha há 15 anos no SLU: “Me sinto muito orgulhoso, abriu minha mente” | Fotos: Divulgação/SLU

Atualmente, Gabriel recepciona e guia os visitantes do Museu da Limpeza Urbana, localizado no Venâncio Shopping. “Eu me sinto muito bem em receber as pessoas. Elas se lembram de épocas que viveram, se emocionam e ficam felizes”, conta Gabriel sobre os objetos do museu que mexem com as memórias dos visitantes. “São grandes relíquias encontradas no lixo que estão no museu para relembrar e deixar essas memórias para as próximas gerações”, completa. Fora do SLU, Gabriel faz arte marcial aikido e dança de salão.

Para o diretor-presidente do SLU, Luiz Felipe Carvalho, respeitar as diferenças é primordial. “Respeitamos os limites dos nossos colaboradores descobrindo e potencializando os talentos, assim como também fazemos com os servidores. O importante é que entendam o quanto colaboram com o bem-estar e saúde da população com o seu trabalho. Somos muito gratos a todos”, comenta.

Superação

“Aqui me sinto acolhido, tenho acessibilidade e respeito de todos”

Francisco Abrantes, o Chiquinho

Outro exemplo de superação dentro do SLU é Francisco Abrantes, o Chiquinho, que trabalha na Diretoria Técnica. Ele sofreu um acidente há 28 anos que o deixou sem andar e com pouco movimento nos braços. Ele trabalha cuidando da frequência dos catadores de materiais recicláveis dos galpões de triagem e da agenda da chefia e do atendimento telefônico. Fora do trabalho, Chiquinho é atleta de alto rendimento com uma coleção de títulos e agenda cheia de competições.

“O esporte mudou tudo em minha vida. Eu não gostava nem de sair de casa. Hoje, além do esporte, eu tenho um trabalho e foi o SLU que me deu essa oportunidade, há quase 20 anos. Aqui me sinto acolhido, tenho acessibilidade e respeito de todos”, destacou.

Há 14 anos, Chiquinho pratica rugby e treina na equipe BSB Quad Rugby, no Centro Olímpico do Gama. Ele já ganhou diversos campeonatos nacionais e internacionais e, de 22 a 28 de setembro, participará do Campeonato Brasileiro de Rugby, em São Paulo. Em dezembro estará na Copa dos Campeões, no Espírito Santo.

*Com informações do SLU

Fonte: Agência Brasilia

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