Distrito Federal
De uma vontade nasce uma parceria entre o GDF e a comunidade – Agência Brasília
A iniciativa da mãe de uma estudante da Asa Norte tornou possível a assinatura de mais um termo de cooperação entre o Governo do Distrito Federal, por meio da Secretaria de Projetos Especiais (Sepe), e a iniciativa privada, dentro do programa Adote Uma Praça.
A quadra de esportes na 703 Norte vai ser recuperada e mantida pela Associação Atroposófica Moara, localizada ao lado do imóvel público. A associação mantém uma escola sem fins lucrativos no local.
Não será investido dinheiro público na reforma, a Associação vai arcar com as benfeitorias, aquisição de material e mão de obra para a conservação e manutenção do local. Serão revitalizadas as arquibancadas e o piso, além de nova pintura, reforma das traves de sustentação das tabelas e das cestas de basquete, das traves de futebol e do alambrado.
A mãe da Luísa, de 13 anos, que estuda na escola Moara, Fernanda Rosa, sempre acreditou que poderia melhorar a quadra que é usada por toda a comunidade, inclusive pelos trabalhadores das oficinas que ficam na redondeza.
“Eles fazem até campeonato naquela quadra. Eu pensei, se mesmo com a quadra ruinzinha as pessoas utilizam, porque a gente não tenta reunir os moradores e empresários da região para melhorarmos o local?”, conta.
União
E foi a partir da iniciativa de outras mães da região, que já tinham adotado um parquinho, que Fernanda acreditou que seria possível revitalizar a quadra.
“Essas mães fizeram tudo com a ajuda do Adote Uma Praça. Elas já sabiam todo o trâmite para conseguir o acordo. Então, conversei com a escola e juntos começamos a nossa campanha, que contou até com vaquinha virtual”, explica Fernanda.
Toda a comunidade ajudou, incluindo moradores, empresários e trabalhadores da região. Foi arrecadado o valor necessário para a reforma. E ao mesmo tempo saiu o termo de cooperação do programa Adote Uma Praça.
“Nós vimos que o GDF não parou durante a pandemia. A cidade toda estava em obras e isso nos inspirou a acreditar que nós também conseguiríamos. O processo de adoção não parou e nós conseguimos. Tenho certeza que a quadra vai ficar excelente e só temos a agradecer todo o esforço da comunidade e também do Governo”, comemora a mãe da Luísa.
O programa
O Adote Uma Praça, coordenado pela Sepe, tem exatamente essa finalidade contada pela Fernanda Rosa, trazer o setor privado e o cidadão para investirem na conservação, ajudando a dar uma nova cara ao Distrito Federal.
O programa, lembra o secretário de Projetos Especiais, Everardo Gueiros, é desburocratizado. “Se o cidadão ou o empresário encontrar um espaço público e quiser cuidar dele, pode apresentar um requerimento, no caso de uma adoção menor, ou um projeto na Região Administrativa onde fica o local. Também pode procurar a nossa secretaria que vamos analisar e estudar a proposta para que tudo seja feito de acordo com as normas do Distrito Federal”.
A visibilidade do Adote Uma Praça está crescendo no DF. Vários empresários e moradores têm procurado as RAs e também muitas vezes a Sepe para adotar os mais variados equipamentos públicos. “Já foram adotadas rotatórias, jardins, becos, praças, parquinhos e até uma região inteira foi revitalizada pelo programa, como é o caso do Setor Hospitalar Sul. Lá é a maior benfeitoria feita dentro do Adote”, informa o secretário.
“Tem sido gratificante para a Administração Regional do Plano Piloto observar o engajamento comunitário, das empresas e a participação popular”, comemora Ilka Teodoro, administradora do Plano Piloto.
O Plano é a região onde se concentra o maior número de adoções. Dos 59 projetos apresentados e em análise, 17 são da região.
Para a administradora, o Adote Uma Praça demonstra o vínculo afetivo com o território e a consciência cidadã da necessidade de partilhar com o Poder Público a responsabilidade pelo cuidado com a nossa cidade”.
Considerado importante por fortalecer iniciativas voltadas para a promoção de esportes, cultura e sustentabilidade, o Adote Uma Praça já está em 17 Regiões Administrativas do Distrito Federal.
Das 59 propostas, 34 já foram assinadas, 25 estão em processo de análise para viabilidade e posterior assinatura. Já foram entregues 16 espaços públicos e outros 18 estão sendo finalizados.
Não podemos esquecer que os espaços públicos são a extensão da nossa casa e todos nós somos responsáveis por eles”, esclarece o secretário de Projetos Especiais, Everardo Gueiros.
Fonte: Agência Brasilia
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