Distrito Federal
Projeto leva música e oportunidades à Estrutural

Na Estrutural, o som da mudança vem acompanhado de instrumentos, vozes e acolhimento. O projeto Em-Canto & Em-cordas tem feito a diferença na vida de 200 crianças e adolescentes da região, oferecendo aulas gratuitas de música e formação cidadã para jovens entre 7 e 17 anos.
A iniciativa, que conta com investimento superior a R$ 1 milhão do Fundo dos Direitos da Criança e do Adolescente do Distrito Federal (FIA-DF), é resultado de uma articulação entre a Secretaria de Justiça e Cidadania do DF (Sejus-DF), o Conselho dos Direitos da Criança e do Adolescente (CDCA/DF) e o Instituto Reciclando Sons.
O projeto não se limita ao ensino de instrumentos ou canto coral. Ele promove uma formação completa, que inclui violão, violoncelo, flauta, musicalização infantil, além de cursos de informática e cidadania. As famílias também são envolvidas, recebendo apoio social e psicológico. O objetivo é fortalecer os laços familiares, resgatar a autoestima e incentivar o convívio comunitário.
Outro destaque é o olhar atento à inclusão: aproximadamente 25% dos participantes são crianças com transtorno do espectro autista ou com hiperatividade. Todos recebem acompanhamento específico, respeitando suas individualidades e capacidades.
Para a secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani, o projeto representa um caminho concreto para transformar realidades. “O Em-Canto & Em-cordas abre portas, oferece dignidade e afeto. Quando garantimos acesso à arte e ao acolhimento, transformamos a vida de uma criança e, consequentemente, de toda uma comunidade. É isso que a política pública deve fazer: chegar onde mais se precisa e garantir oportunidades para todos”, reforça.
Vidas em transformação
O pequeno Yuri Oliveira Castro, de apenas 9 anos, encontrou no projeto uma paixão inesperada: a música. Morador da Estrutural, ele se encantou ao ouvir o som do violino no local. “Quando escutei, logo pedi para minha mãe me matricular. Hoje faço aulas de violino, flauta e informática. Adoro as músicas e as brincadeiras com meus amigos. É muito bom participar”, conta o garoto.
Ester Avelina Bastos, de 14 anos, também teve sua vida impactada pelo projeto. Segundo ela, o contato com a música a ajudou a superar o bullying que sofria na escola. “A música significa muito para mim. Vim para me distrair e acabei aprendendo violoncelo. Agora tento não me importar com o que dizem. Terça temos aula de música e canto, quarta de informática e quinta de violoncelo”, relata, sorridente.
A Estrutural concentra uma população jovem expressiva: cerca de 45% dos moradores são crianças ou adolescentes, muitos em situação de vulnerabilidade social. Em um cenário de dificuldades, como o acesso limitado à educação e à tecnologia, o projeto surge como uma alternativa concreta para ampliar oportunidades e oferecer novas perspectivas.
Para Rejane Pacheco, representante do Instituto Reciclando Sons, o impacto vai muito além das notas musicais. “Mais do que ensinar música, acolhemos essas crianças. Aqui elas se sentem protegidas, ouvidas e cuidadas. É um espaço de transformação e esperança, onde voltam a acreditar em si mesmas e enxergar possibilidades para o futuro”, afirma.
Na Estrutural, o som que ecoa não é apenas o das melodias, mas o de vidas que estão sendo reconstruídas com arte, cuidado e oportunidades reais.
-
Distrito Federal18 horas atrás
Rodrigo Rollemberg celebra diploma de deputado federal, mas, posse pode ser adiada.
-
Esportes21 horas atrás
João Fonseca avança em ATP de Eastbourne, último antes de Wimbledon
-
Destaques21 horas atrás
Palmeiras arranca empate com Miami e avança em primeiro no Grupo A
-
Distrito Federal15 horas atrás
CEB finaliza instalação de luminárias no Residencial Total Ville V, em Planaltina