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Distrito Federal

Biblioteca Nacional apresenta exposição ‘Poema em Cartaz’

Amarildo Mota

Públicado

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A poesia pode ajudar as pessoas a encontrarem seus caminhos? A exposição Poema em Cartaz, aberta ao público a partir desta quarta-feira (20), na Biblioteca Nacional de Brasília (BNB), sugere que sim. A mostra, uma homenagem ao aniversário de 62 anos da capital federal, traz poemas de 13 escritores e escritoras da cena candanga (dois poemas de cada um). Os textos ganharam programação visual inspirada nas placas de sinalização de trânsito da cidade, uma das marcas de Brasília.

A exposição ‘Poema em Cartaz’ poderá ser vista na Biblioteca Nacional até o dia 31 de julho | Fotos: Ascom/Secec

O curador da exposição, Newton Lima, pedagogo de formação e servidor lotado na BNB, fez um levantamento dos poetas cujos trabalhos dialogam com a capital e teve que limitar o número de escolhidos em razão do espaço para afixar os cartazes, no segundo andar da BNB. “A pesquisa ficou interessante e com o jeito da cidade”, avalia.

Segundo o secretário de Cultura e Economia Criativa, Bartolomeu Rodrigues, “a poesia não tem forma nem suporte. Ao ocupar as placas de sinalização, voa para outras formas de apreciação.”

Poema em Cartaz veio da ideia de propiciar ao leitor uma experiência visual de imagens, típica do momento atual”
Newton Lima, curador da exposição

O professor de arte e designer gráfico Aloísio Lima conta como surgiu a inspiração para o projeto dos cartazes. “Poderia ilustrar cada poema com as próprias referências textuais nas obras, mas decidi ir por um caminho mais conceitual e trazer algo mais gráfico que ilustrativo, homenageando a cidade.”

Aloísio se lembrou, então, da sinalização de trânsito da capital, sobretudo os totens criados em 1976 pelo arquiteto e designer Danilo Barbosa, formado na Universidade de Brasília (UnB), que obtiveram em 2012 o reconhecimento internacional, passando a fazer parte do acervo permanente de arquitetura e design do Museu de Arte Moderna (MoMA), de Nova York. “Ficou óbvia a relação entre a estética proposta pelo design nas placas da cidade e os poemas que desenham visualidades locais muito características de Brasília”, acredita o autor da programação visual da mostra.

Poema em Cartaz veio da ideia de propiciar ao leitor uma experiência visual de imagens, típica do momento atual. A velocidade tecnológica no mundo funciona por meio de imagens e sinais. Nos anos 1980, foi comum também levar a poesia para os cartazes por meio da serigrafia”, complementa o curador.

Poeta Basilina Pereira

A mineira Basilina Pereira, que reside em Brasília desde 1983, teve dois poemas escolhidos para a mostra. Além de poeta, é professora aposentada e advogada. Com três filhas e quatro netos, intitulou seus textos de Brasília, Minha Casa e Meu Lugar. “Foi difícil amar Brasília, confesso./Seu jeito de princesa pós-moderna,/tão longe da minha pequena cidade!”, declama o primeiro poema.

“Meu processo criativo é bem natural. Quando me sento para escrever, parece que uma janela se abre. São momentos em que a palavra colore meus horizontes e eu vou mesclando a realidade com a ficção. Para mim, a poesia é isso: encantamento”, descreve ela.

A exposição fica aberta até 31 de julho, de segunda a sexta-feira, das 8h às 20h, e sábado e domingo, das 8h às 14h.

Mais informações pelo telefone (61) 3325-6257 ou pelo e-mail [email protected].

*Com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do DF

Fonte: Agência Brasilia

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