Distrito Federal
Laboratório Central vistoria produtos usados no combate à Covid-19 – Agência Brasília
Com a pandemia de Covid-19 e a grande procura por álcool em gel e hipoclorito de sódio (composto da água sanitária), houve aumento relevante na demanda de análises do núcleo especializado da Gerência de Medicamentos e Toxicologia do Laboratório Central (Lacen-DF). No local são analisados medicamentos, saneantes, cosméticos e outros produtos para a saúde. Um dos serviços prestados é o controle de qualidade de produtos com o objetivo de prevenir possíveis riscos e danos à população.
“Quando são casos de apreensão, a Vigilância Sanitária pede uma interdição cautelar, segrega os produtos e impede o uso até que saia o resultado da análise”Rodrigo Campos, gerente de Medicamentos e Toxicologia do Lacen-DF
O Lacen recebe somente demandas vindas da Vigilância Sanitária ou da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). As amostras recebidas para análise são provenientes de programas de monitoramento, pactuados entre os dois órgãos locais citados, para avaliar a qualidade dos produtos que estão no mercado. Além disso, também são feitas análises em produtos apreendidos pela Vigilância Sanitária.
“Neste contexto de combate à pandemia, tem muita demanda para verificar a qualidade do álcool em gel, e também saneantes como a água sanitária e desinfetantes de uso geral à base de cloro ativo. O álcool 70% é um dos principais produtos utilizados no combate ao novo coronavírus e teve a produção e o uso fortemente aumentados durante a pandemia. Isso gerou um aumento na demanda por análises desses produtos”, explica o gerente de Medicamentos e Toxicologia do Lacen-DF, Rodrigo Campos Filgueiras.
“As duas formas de entrada de álcool em gel aqui no Lacen são por meio da maneira pactuada com a Vigilância Sanitária ou pela apreensão realizada pela Vigilância Sanitária”, acrescenta.
Na análise pactuada são coletadas três amostras. Duas são encaminhados para o Lacen e o outra fica no local da coleta. Caso o resultado dê insatisfatório, o fabricante pode pedir a contraprova e enviar um perito para fazer uma reanálise no material reprovado, que fica retido no local.
Caso volte a dar resultado insatisfatório, mais uma análise é feita com uma terceira amostra. Se o produto se mantiver com avaliação insatisfatória, a Vigilância Sanitária notifica o fabricante, que deve recolher todos os produtos do lote em questão.
“As análises são feitas por lote de produto. Quando são casos de apreensão, a Vigilância Sanitária pede uma interdição cautelar, segrega os produtos e impede o uso até que saia o resultado da análise. Se for satisfatório, o produto é liberado para uso”, enfatiza Rodrigo Campos.
Análise
Segundo Rodrigo, é feita a análise nos seguintes aspectos: rotulagem, para verificar se todas as informações necessárias estão presentes; validade do registro; Ph do álcool e características organolépticas – no caso, o aspecto do álcool; e o teor do álcool, que deve ser de acordo com o informado, geralmente de 70%, suficiente para matar bactérias.
O Lacen-DF é responsável por atestar os padrões de qualidade do álcool 70% e dos saneantes. Para tanto é verificada a validade do registro do produto e são feitas as análises da embalagem, da rotulagem, das características organolépticas (aspecto), da determinação de pH e da determinação do teor.
Essa análise tem uma parte documental, que é a verificação de registro e rotulagem e a avaliação laboratorial, que é a verificação do Ph e do teor de álcool, feito por meio de destilação, processo físico-químico.
“Este é um trabalho em realizamos o monitoramento do mercado, para verificar a qualidade dos produtos que estão sendo disponibilizados à população. Neste momento torna-se de grande importância, principalmente com relação aos saneantes e álcool em gel, porque são produtos muito usados na prevenção da Covid-19. É uma medida de segurança e prevenção para evitar o contágio e proliferação do coronavírus”, avalia Rodrigo Filgueiras.
O gerente reitera que é necessário ter certeza da qualidade desses produtos, para verificar se eles realmente têm a quantidade de álcool que se diz ter, se tem a qualidade e eficácia necessária, para garantir o uso seguro e eficaz na sua ação pretendida. Quando se faz a análise, há como comprovar se o produto tem os padrões de qualidade exigidos pelas normas vigentes.
O não cumprimento das normas de qualidade e das Boas Práticas de Fabricação pode ocasionar implicações à saúde pública. Ou seja, se não tiver a qualidade informada ou seguindo os padrões de qualidade, com base no laudo, é possível retirar esse insumo com qualidade insatisfatória do mercado.
* Com informações de Secretaria de Saúde
Fonte: Agência Brasilia
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