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VOLTA ÀS AULAS: CIÊNCIA AFIRMA QUE RETORNO É POSSÍVEL, DESDE QUE COM SEGURANÇA.
Por: Amarildo Mota
VOLTA ÀS AULAS: CIÊNCIA AFIRMA QUE RETORNO É POSSÍVEL, DESDE QUE COM SEGURANÇA.
Segundo semestre chegando e as escolas precisam agora pensar em como organizar a volta para os alunos presentes ou não nas salas de aula. As escolas de todo o País estão sendo adaptadas para esse retorno com segurança.
“As crianças não vão respeitar o protocolo, ficar com máscaras, querem brincar com os amigos. Por mim, ele não volta este ano”, diz Fernanda Pacheco, de 41 anos, mãe de Theo, de 9, que estuda numa escola particular. “Não tive dilema algum, minha filha não volta com a situação que está a pandemia”, completa Katia Vieira, de 45 anos, também mãe de uma menina de 9 anos. Ela disse que comunicou a escola e espera que haja uma solução para sua filha continuar estudando remotamente.
O Presidente do Departamento de Infectologia da Sociedade Brasileira de Pediatria, Marco Aurélio Safadi,
acredita que, com proteção, é importante retornar. “Se houver baixa nos casos, a volta às escolas é menos penosa que a manutenção da interrupção”, diz o pediatra, que teme prejuízos à nutrição e à saúde mental dos alunos, casos de depressão e abusos em casa.
Pouco mais de dez países já abriram suas escolas, entre eles França, Alemanha e Austrália, mas 1 bilhão de alunos no mundo (60% do total) ainda estão sem aulas, segundo a Unesco. A Europa voltou a ter aumento de casos, mas não se sabe se há relação com o retorno, já que escolas fecharam novamente para férias e restaurantes e praias estão abertos. Em Israel, escolas reabriram em maio e tiveram de adiantar férias porque o número de infectados cresceu. O tema também é polêmico nos EUA, onde Estados como Nova York e Flórida retomarão aulas presenciais, mas cidades como Los Angeles e San Diego continuarão com ensino remoto.
“Estamos diante de uma situação de uma extrema complexidade”, diz a representante da Unesco no Brasil, Marlova Noleto. “Quanto maior o tempo que os alunos passarem fora da escola, maior o risco de eles não voltarem. Mas claro que precisamos salvar vidas.” A evasão já é um grave problema no País; 23% dos adolescentes de 16 anos não estão na escola. E só 4 em 10 alunos de 19 anos concluem o ensino médio.
Redes de ensino públicas e privadas se esforçam para oferecer educação remota, com melhor ou pior qualidade. Mas uma das mais fortes conclusões de uma pesquisa feita pelo Todos pela Educação sobre momentos que sucedem crises é que “mesmo com ações de ensino remoto bem estruturadas, a suspensão temporária das aulas presenciais cria lacunas significativas no aprendizado”. E há ainda 18% dos municípios do País que não fizeram nenhuma atividade nesse período com seus alunos.
Para a psicóloga Ilana Katz, a escola não pode ensinar as crianças a ter medo das pessoas. “A ideia de segurança tem componentes objetivos, como lavar as mãos e usar máscara, mas também subjetivos”, diz. Para isso, pais, alunos, professores e gestores precisam participar das decisões de como será a retomada das aulas. “Com acordos comunitários, as famílias ficarão mais seguras porque vão compartilhar responsabilidades. Se todos combinarem que quem tiver sintomas não virá à escola será um pacto e cada um vai confiar mais no outro”, explica. “Sabemos que não estaremos 100% seguros, mas estaremos pactuados.”
Fonte: Estadão
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