Distrito Federal
Parceria entre Saúde e Funap garante produção de guaco – Agência Brasília
Neste período do ano, em que aumenta o número de pessoas com gripes e resfriados, o xarope de guaco produzido pelo Núcleo de Farmácia Viva da Secretaria de Saúde é um dos fitoterápicos com maior demanda na rede. No entanto, a planta medicinal é utilizada para produzir não só o xarope – mas, também, o chá medicinal e a tintura de guaco.
Um dos locais que produzem o guaco é a fazenda da Papuda, localizada dentro do complexo penitenciário. Há dez anos, a Secretaria de Saúde fez uma parceria com a Fundação de Amparo ao Trabalhador Preso (Funap), que cedeu o espaço para o cultivo de plantas medicinais. Em contrapartida, os sentenciados trabalham na fazenda e cultivam as plantas.
“A importância desta parceria com a Funap é termos matéria-prima suficiente não só para conseguir manter a produção do xarope de guaco, chá medicinal e da tintura. Também podemos integrar o sistema penitenciário a uma proposta de inclusão do preso em uma prática em que ele possa conseguir aprender a ação de tratos culturais com plantas, principalmente as plantas medicinais”, explica Nilton Netto Junior, farmacêutico chefe do Núcleo de Farmácia Viva.
De acordo com ele, a matéria-prima fornecida pela área prisional é fundamental à continuidade e expansão de produção de fitoterápicos pelo Núcleo de Farmácia Viva.
“Não é só o guaco. Na Papuda, tem a erva baleeira e o alecrim pimenta. E as três plantas são utilizadas na produção de fitoterápicos pelo Núcleo de Farmácia Viva”, destaca Nilton. A Funap entra com a mão de obra dos reeducandos que são remunerados pela própria Funap e com os insumos para o plantio.
Produção
A colheita sempre é realizada por servidores do Núcleo de Farmácia Viva, que se deslocam, de acordo com a demanda, até a fazenda da Papuda. Isso é feito com acompanhamento e supervisão da equipe na própria área agrícola de cultivo de plantas medicinais.
“Toda terça-feira colhemos talos e folhas de guaco. Ao chegar ao Núcleo de Farmácia Viva, no Riacho Fundo I, é feita a triagem das folhas ideais, a higienização com enxágue e secagem em estufa apropriada. Após esse processo as folhas vão para a moagem e só depois para a produção do fitoterápico. Após o xarope pronto, fazemos a rotulagem e o fitoterápico passa pela inspeção de qualidade, finalmente vai para distribuição”, explica Felipe Tironi, farmacêutico da Farmácia Viva.
Todo o processo, desde a colheita até a entrega do xarope nas Unidades Básicas de Saúde, dura cerca de duas semanas. Só neste ano já foram colhidos 235 quilos de guaco – e isso é porque a demanda estava reprimida. Anualmente, o consumo de guaco chega a meia tonelada.
“A partir da colheita do guaco nós produzimos o xarope de guaco, a tintura de guaco e, também, o chá medicinal de guaco, que são distribuídos nas Unidades Básicas de Saúde cadastradas ao Núcleo de Farmácia Viva”, informa Tironi.
* Com informações da Secretaria de Saúde/DF
Fonte: Agência Brasilia
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