Brasil
Roraima poderá viver o mesmo caos que hoje sofre o Amapá, alerta senador Mecias de Jesus
Mecias de Jesus: “Eu, junto com a bancada de Roraima, temos lutado para que seja liberada a obra do Linhão de Tucuruí de Manaus a Boa Vista, mas ‘forças ocultas’ têm travado o começo das obras”.
O senador Mecias de Jesus (Republicanos-RR) disse nesta sexta-feira, 6, que o “apagão” que atinge o Amapá há quatro dias, deixando quase 90% da população do estado sem energia elétrica, também pode acontecer em Roraima, caso o estado não seja inserido no Sistema Interligado Nacional (SIN), através do Linhão de Tucuruí.
Segundo o senador, Roraima, assim como o Amapá, tem o abastecimento de energia feito por termelétricas que, além de tornar a energia mais cara e ser poluente, coloca em risco a estabilidade do sistema, já que está mais sujeita a sofrer danos como o incêndio que ocasionou o “apagão” no outro estado nortista.
“Eu, junto com a bancada de Roraima, temos lutado para que seja liberada a obra do Linhão de Tucuruí de Manaus a Boa Vista, mas ‘forças ocultas’ têm travado o começo das obras, o que prejudica tanto a população quanto o próprio desenvolvimento do Estado”, disse Mecias.
O senador disse não entender como alguns órgãos do próprio governo federal, organizações não-governamentais, Ministério Público Federal e lideranças indígenas são contra o Linhão de Tucuruí, se a interligação de Roraima ao SIN será benéfica para todos.
Mecias lembrou que os custos de manutenção das cinco termelétricas instaladas em Roraima são exorbitantes e ao mesmo tempo não oferecem um serviço confiável, haja vista as constantes quedas de energia que ocorrem e prejudicam a população.
“Isso torna nossa energia uma das mais caras do País. Além do Linhão de Tucuruí, defendo também a construção de hidrelétricas como a do Bem Querer, que vão ajudar no fornecimento de energia para as comunidades do interior do Estado”, apontou.
Por fim, o senador pondera que, apesar dos esforço do Governo do Estado de incentivar a instalação de fontes alternativas de energia, como a eólica, solar e a gás, o volume de produção não comportará o nível de consumo para garantir a estabilidade energética de Roraima e atrair novos investimentos que possam desenvolver o Estado.
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