Cabul atribuiu o ataque ao Taleban, que pressiona pela derrubada do governo afegão apoiado pela comunidade internacional. O grupo disse estar “ciente do incidente” e que investiga a responsabilidade do ato.
No dia 14, o Taleban rejeitou participar da cúpula mediada pelos EUA e pela ONU (Organização das Nações Unidas) na Turquia. Com a recusa, Washington transferiu a reunião para maio e ampliou o prazo para retirada das tropas aliadas do Afeganistão para 11 de setembro.
Violência escala
Os ataques não cessaram desde então. Nos últimos dez dias, mais de 100 civis e soldados afegãos foram mortos ou feridos em combates em todo o país. Nesta segunda (25), uma mina terrestre atingiu um veículo do Exército em Jalalabad e feriu seis pessoas.
Em seguida, 12 policiais afegãos foram mortos em uma emboscada em Kandahar. No domingo (25), um ataque suicida explodiu um carro cheio de explosivos em área próxima à base militar da província ao sul do Afeganistão e polo de conflitos. Cinco policiais morreram.
A violência aumentou no Afeganistão desde a assinatura do acordo que negociou a saída das tropas entre o Taleban e os EUA, em fevereiro de 2020. Para o governo afegão, os talibãs buscam gerar insegurança no país e, assim, pleitear vantagens nas negociações do acordo de paz.