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Goiás e Entorno

Portal Goiás – Dia Mundial do Diabetes: tratamento e qualidade de vida

Amarildo Mota

Públicado

em

Marcelo Cristian de Macedo, de 45 anos, descobriu que tinha diabetes há 11 anos. Durante dez anos, foi a vários médicos, sem muita expectativa de melhora. Por causa de um problema que teve na perna, derivado do diabetes, foi internado no Hospital Estadual Alberto Rassi – HGG, onde recebeu tratamento e, sem que esperasse, viu uma transformação em sua vida.

Neste 14 de novembro, quando se celebra o Dia Mundial do Diabetes, ele pode dizer que descobriu que é, sim, possível ter qualidade de vida, mesmo no caso de uma doença incurável. “Hoje estou muito feliz. A desesperança que tinha acabou. “

Marcelo Macedo comenta que a mudança foi resultado de um maior conhecimento e o atendimento que teve no Centro Estadual de Atenção ao Diabetes (Cead), unidade do Governo de Goiás, anexa ao HGG especializada nesse tipo de doença.

“Eu fazia um tratamento comunzinho, né? Vai em um médico aqui, um remedinho ali, mas era muito ruim. Cheguei no hospital fraco, aí, fui fortalecendo aos poucos. Hoje tenho o tratamento completo e estou feliz”, diz ele, que relatou ainda que um médico a que tinha ido anteriormente havia falado na possibilidade de amputar parte de sua perna, o que foi descartado pela equipe do HGG.

Atendimento multidisciplinar

O tratamento completo ao qual Marcelo se refere é o atendimento multidisciplinar oferecido pelo Cead, que engloba, além de médicos das mais diversas áreas, profissionais de nutrição, psicologia, enfermagem, serviço social, fisioterapia e podologia.

“O tratamento é eficaz. Me deu mais esperança. Você tem segurança de que vai ter apoio. Com certeza, fez mudar minha forma de ver o diabetes. A gente vai conversando e mudando a forma de pensar. Hoje eu sou feliz, tenho qualidade de vida. “

Essa percepção que Marcelo teve não é à toa. O chefe do Serviço de Endocrinologia do Cead/HGG, Nelson Rassi, diz que a criação de uma estrutura própria para o diabetes fez com que fosse possível um atendimento integrado.

“O quadro clínico se tornou mais homogêneo e integrado. Apesar de ser praticamente as mesmas pessoas que trabalhavam no HGG, não havia uma proximidade física. Não havia uma comunicação eficiente. Com a mudança, percebemos que o atendimento aos pacientes no Cead era mais ágil e a transmissão de informações era mais rápida e eficaz.”

Estrutura

O Cead dispõe de consultórios, auditório, espaço para treinamento e para conferências presenciais e a distância, além de uma central de atendimento telefônico. Entre os serviços oferecidos estão endocrinologia, oftalmologia, psicologia, fisioterapia, enfermagem, serviço social, pé diabético, podologia e nutrição.

Marcelo foi um dos pacientes que passaram pelos 50.720 atendimentos oferecidos pelo Cead desde junho de 2018, quando foi inaugurado. Desse total, 40.616 foram consultas ambulatoriais, e os demais atendimentos sobre pé diabético, oficinas sobre alimentação saudável, incentivo à atividade física e cirurgias metabólicas.

Pandemia

Mesmo com a pandemia, os atendimentos no Cead não pararam. Desde março, os pacientes estão sendo assistidos via teleatendimento, pelo qual 3.454 foram atendidos. “Principalmente neste momento de pandemia, a dificuldade desses pacientes é terem acesso a especialista, manutenção e controle das medicações, e isso está podendo ser feito por meio da telemedicina” lembra Nelson Rassi.

“Esse já era um anseio do Cead, de levar essa acessibilidade a população do interior, sem a necessidade de se deslocarem grandes distâncias”, enfatiza. Com a retomada dos atendimentos eletivos, as atividades do Cead estão voltando a serem realizadas, com bastante cautela. O objetivo é o  retorno à capacidade total de atendimento em janeiro, a depender da situação epidemiológica nos próximos meses.

Alimentação saudável

Lançado no ano passado, outro serviço que agrada aos pacientes é a Cozinha Experimental, que visa oferecer e ensinar aos pacientes receitas gastronômicas elaboradas pelas nutricionistas do Cead com base nas restrições alimentares causadas pelo diabetes. A gerente do Setor de Nutrição, Valéria de Souza, relata a importância desse ensinamento aos pacientes.

“A nutricionista, durante a confecção das refeições e dos lanches, vai conversando com os pacientes e explicando a importância dos nutrientes, o papel dos nutrientes no organismo e sempre mostrando que a alimentação saudável não necessariamente tem que ser uma alimentação ruim ou sem graça. Você pode ter uma alimentação saudável e bem saborosa”, diz Valéria.

Atendimentos no Cead (julho de 2018 a outubro de 2020)

Programas multidisciplinares – 10.018

Cirurgias metabólicas – 86

Produção ambulatorial– 40.616

Teleatendimento – 3.454

Flávia Rocha (texto e foto)/Idtech

Comunicação Secretaria da Saúde

 

Fonte: Portal Goiás

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