Distrito Federal

Estratégias do Bolsa Família são discutidas pelo DF na Região Oeste

Redação

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Em uma região marcada por vulnerabilidade social, como Ceilândia, Brazlândia e Sol Nascente/Pôr do Sol, o desafio de garantir que o Bolsa Família chegue a quem realmente precisa exige mais do que repasses de dinheiro. Exige articulação entre diferentes áreas do governo. Na última quinta-feira (25), profissionais da saúde, educação e assistência social se reuniram em Ceilândia para discutir estratégias de atuação conjunta.

O encontro teve como foco alinhar a forma como cada secretaria acompanha as chamadas condicionalidades do programa, que vão desde a atualização da vacinação e do pré-natal até a frequência escolar das crianças. Segundo os organizadores, o objetivo é simples, mas crucial: reduzir falhas, evitar desencontros de informação e assegurar que nenhuma família seja deixada de lado.

“Quando cada pasta entende o papel da outra, conseguimos avançar de maneira mais eficaz. O Bolsa Família não pode ser visto apenas como transferência de renda. Ele é acesso a direitos básicos”, explicou a psicóloga Christiane Silva, da Secretaria de Saúde do DF.

Os dados mostram que a estratégia tem dado resultado. Entre janeiro e junho deste ano, o Distrito Federal conseguiu acompanhar 82,85% dos beneficiários nas condicionalidades de saúde, índice que representa mais de 260 mil pessoas e supera a média nacional, de 80,3%. O levantamento inclui gestantes em acompanhamento pré-natal, crianças com vacinas em dia e famílias monitoradas quanto à situação nutricional.

Na prática, muitas vezes são os profissionais das unidades básicas de saúde que fazem a diferença. Eles conseguem identificar beneficiários que não estão em dia com os compromissos e acionam escolas e assistentes sociais para evitar que crianças e adolescentes fiquem sem o acompanhamento exigido pelo programa. “Esse elo é fundamental para garantir que o benefício continue chegando a quem precisa”, destacou Odair de Amorim Lima, coordenador municipal do Sistema Presença, do Ministério da Educação.

A gerente de Áreas Programáticas da Secretaria de Saúde, Janaína Alves, reforçou que a cooperação é o que sustenta o resultado positivo. “Cada secretaria tem atribuições próprias, mas todas convergem para o mesmo objetivo: assegurar que as famílias tenham acesso ao benefício e cumpram os critérios do programa”, afirmou.

A reunião em Ceilândia foi a sexta da série de encontros regionais promovidos no DF. A última etapa está marcada para novembro, na Região Norte, que inclui Planaltina, Arapoanga, Sobradinho, Sobradinho II e Fercal. Até lá, a expectativa é de que o trabalho em rede se fortaleça ainda mais e amplie o alcance do programa.

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