Distrito Federal

DF aposta em inovação no combate à dengue com a liberação de mosquitos infectados.

Amarildo Mota

Públicado

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O combate às doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, como a dengue, zika e chikungunya, ganha um novo aliado no Distrito Federal. A partir desta terça-feira(09/09), 600 mil mosquitos infectados com a bactéria Wolbachia serão soltos em diversas regiões da capital. Este método inovador busca reduzir a transmissão do vírus da dengue e outras doenças transmitidas pelo Aedes.

A liberação será realizada em 10 áreas, incluindo Sobradinho, Brazlândia, Paranoá, Itapuã, Varjão, entre outras. A iniciativa é resultado de uma parceria entre um laboratório particular localizado no Guará, o Ministério da Saúde e a Fiocruz. Este projeto já foi implementado com sucesso em outros países, como Austrália, Indonésia e Vietnã, além de várias cidades brasileiras, como Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Natal.

Muitas pessoas acreditam que a dengue é uma preocupação apenas durante o verão. No entanto, os cuidados devem ser constantes ao longo de todo o ano, especialmente considerando que o Distrito Federal tem apresentado índices de incidência de dengue superiores a estados como Minas Gerais, Paraná, São Paulo e Goiás. O Ministério da Saúde ressalta a importância de monitorar a situação e tomar medidas preventivas.

Os mosquitos que carregarão a bactéria Wolbachia são incapazes de transmitir o vírus da dengue. Quando uma fêmea infectada pica uma pessoa contaminada, o mosquito não adquire o vírus e, portanto, não pode transmiti-lo a outros. A expectativa é que, com a introdução desses mosquitos, as próximas temporadas de dengue no DF sejam significativamente menos severas.

De acordo com os responsáveis pela soltura, a iniciativa não só promete controlar a população de mosquitos sem Wolbachia, mas também contribuir para uma redução geral na transmissão das doenças associadas ao Aedes aegypti. O objetivo é melhorar a saúde pública e proteger a população do DF, assegurando que os moradores das áreas afetadas tenham um verão mais seguro e tranquilo.

Os próximos meses serão fundamentais para avaliar a eficácia da estratégia, e os resultados serão amplamente monitorados. Assim, o DF demonstra mais um esforço em sua luta contra as arboviroses, unindo inovação e ciência para proteger sua população.

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