Distrito Federal
DF amplia atendimento a pessoas em situação de rua com novo programa de acolhimento

O Governo do Distrito Federal deu início a uma nova frente no enfrentamento à vulnerabilidade social. Nesta terça-feira (9), a governadora em exercício, Celina Leão, assinou o decreto que institui o Programa Acolhe DF, iniciativa voltada ao acolhimento, tratamento e reintegração de pessoas em situação de rua com transtornos decorrentes do uso abusivo de álcool, tabaco e outras drogas.
Logo após a assinatura do decreto, Celina participou da primeira ação de busca ativa, realizada em uma das regiões do DF ao lado da secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani, e do secretário de Saúde, Juracy Lacerda Júnior. A ideia é aproximar o governo da realidade das ruas e mostrar que o novo programa não é apenas mais uma diretriz no papel.
“Hoje foi só o começo, mas já vimos pessoas querendo mudar. Há homens e mulheres nas ruas que, mesmo feridos pela vida, ainda buscam uma chance de recomeçar. Queremos ser essa ponte entre o sofrimento e a possibilidade de reconstrução. E contamos com a população do DF para nos ajudar a identificar e encaminhar quem precisa”, afirmou a governadora em exercício.
O Acolhe DF estabelece uma nova lógica de atuação: a partir de agora, a abordagem direta e o encaminhamento de pessoas em situação de rua para tratamento não será mais atribuição exclusiva da Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes). Outras secretarias e órgãos do GDF, como administrações regionais, também poderão atuar nas ações de busca ativa.
Segundo o decreto, a proposta vai além do simples acolhimento. O programa prevê uma rede de apoio formada por equipes multiprofissionais — com profissionais de saúde, assistência social, educação, trabalho e cidadania — que vão atuar de forma integrada, desde a escuta inicial até o tratamento e reintegração social.
“Estamos criando um novo fluxo de cuidado, em que o Estado se antecipa, vai até onde está a dor e estende a mão. O decreto traz diretrizes claras: respeito à dignidade humana, sigilo sobre os dados dos acolhidos, atuação livre de estigmas e a garantia de direitos básicos. É acolhimento com responsabilidade e respeito”, explicou o secretário-chefe da Casa Civil, Gustavo Rocha.
O atendimento médico será realizado com o apoio de entidades parceiras da sociedade civil, que atuarão voluntariamente. Já os casos mais graves serão encaminhados diretamente à Secretaria de Saúde. Segundo o secretário Juracy Lacerda Júnior, o contato direto nas ruas evidencia a urgência da ação.
“Nossa equipe identificou pessoas que precisavam de cuidados imediatos, inclusive com risco à própria saúde. Essa presença no território é essencial para desenharmos uma linha de cuidado contínuo, com abordagens técnicas, clínicas e humanas. Estamos falando de oferecer uma nova chance de vida”, declarou o secretário.
Após o tratamento, caberá à Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus) a responsabilidade pela reinserção social. A proposta inclui o encaminhamento dos acolhidos a programas de alfabetização, escolarização, cursos de capacitação profissional e inclusão no mercado de trabalho. Também está prevista a reserva de vagas em concursos públicos para pessoas que vivenciaram situação de rua.
“Não estamos tratando apenas da dependência química, mas de uma exclusão social histórica. Por isso, estamos reunindo diversas pastas para oferecer respostas completas e respeitosas. Cada pessoa que sai das ruas com dignidade é uma vitória da política pública que funciona”, enfatizou a secretária Marcela Passamani.
Com o lançamento do Acolhe DF, o governo distrital reafirma sua disposição em transformar as políticas de assistência em ferramentas reais de transformação social. O decreto passa a valer imediatamente e as ações em campo serão ampliadas nas próximas semanas.
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