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Polícia usa gás lacrimogêneo para despejar ocupantes de prédio no Rio

Agentes da Polícia Militar, com apoio da Guarda Municipal, fizeram uma ação de desocupação de um prédio no Centro do Rio de Janeiro neste domingo (07). Bombas de gás lacrimogêneo e spray de pimenta foram usados para retirar as pessoas do edifício.
A ocupação foi coordenada pelo Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB), que alega que o imóvel pertence à Secretaria de Patrimônio da União e está abandonado há mais de 15 anos. De acordo com o MLB, 120 famílias tentaram se abrigar no local no início da manhã de hoje, com cerca de 30 crianças.
Vídeos postados no perfil da organização no Instagram mostram os ocupantes retirando entulhos do edifício e organizando camas e uma creche para as crianças. As imagens também mostram que o prédio foi cercado pelos policiais logo em seguida e que as pessoas saíram do local sob as ordens dos agentes, em meio ao gás, incluindo as crianças e muitos idosos. Algumas pessoas passaram mal por causa da substância.
De acordo com a prefeitura, o prédio foi desocupado porque “em breve começam as obras do Centro Cultural Rio África, que vai tratar da diáspora africana para o Brasil, valorizar a cultura afro e será implantado em frente ao Cais do Valongo”.
Agressões
O deputado federal Tarcísio Mota (Psol-RJ) e o deputado estadual Professor Josemar (Psol), que acompanhavam a operação e tentavam impedir o despejo das famílias, denunciam ter sido agredidos por agentes da guarda municipal. Os parlamentares postaram em um vídeo em que Josemar é empurrado por um agente durante uma discussão e ambos são atingidos por jatos de spray de pimenta.
A Secretaria Municipal de Ordem Pública, à qual a Guarda Municipal é subordinada, não se manifestou sobre a denúncia dos parlamentares. Já o prefeito Eduardo Paes repostou o vídeo dos parlamentares, parabenizando a Polícia Militar e a Guarda Municipal. Disse também que a ocupação é irregular e feita por baderneiros e exaltou o respeito à lei e à ordem.
A Secretaria do Patrimônio da União do Governo Federal informou que uma parte da área, de fato, pertence à União, mas o local onde será instalado o centro cultural da prefeitura é de propriedade privada. Disse também que está acompanhando a situação e buscando mais informações com as autoridades locais.
“A área que pertence à União é um dos 72 imóveis disponibilizados pelo MGI, para apresentação de propostas ao programa Minha Casa, Minha Vida – Entidades do Ministério das Cidades. Os imóveis estão localizados nas cinco regiões do país e têm capacidade para construção de cerca de 8 mil moradias populares”, complementou em nota o Ministério da Gestão e Inovação, ao qual a SPU é vinculada.
Fonte: Agência Brasil
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